Hoje vamos falar sobre o transtorno obsessivo compulsivo ou TOC, e como as terapias de regressão de memória têm ajudado aos pacientes a se manterem estáveis e saírem desse processo de compulsividade.

No TOC, as obsessões ou compulsões causam ansiedade ou sofrimento significativo, ou interferem na rotina normal das pessoas geral, no funcionamento acadêmico, nas atividades sociais ou nos relacionamentos.

As terapias têm crescido e evoluído cada dia mais, possibilitando aos pacientes um boa perspectiva de melhora de forma mais eficiente e rápida. A regressão de memória é uma forma de terapia que possibilita o desenvolvimento de uma nova percepção para interagimos de maneira mais positiva e harmoniosa com o meio em que vivemos.

Vamos conhecer um pouco mais sobre como a regressão de memória pode ajudar.

O que é o TOC?

O TOC é caracterizado por obsessões e/ou compulsões recorrentes e intensas que causam sofrimento severo e interferem no funcionamento do dia-a-dia do paciente.

As obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens repetitivas e persistentes que são indesejados e causam ansiedade ou sofrimento acentuados. Frequentemente, são irreais ou irracionais, na verdade são simplesmente preocupações excessivas sobre problemas da vida real.

Preocupações e compulsões são comportamentos repetitivos ou rituais (como lavar as mãos, manter as coisas em ordem, verificar algo repetidas vezes) ou atos mentais (como contar ou repetir palavras em silêncio).

Acredita-se que vários fatores contribuem para aumentar o risco de TOC, incluindo genética, histórico familiar, comportamentos favoráveis ​​dos membros da família, certas condições e complicações da gravidez, transtornos de tiques e doenças auto-imunes.

Infelizmente é uma doença considerada incurável, mas que tem tido ótimos resultados de controle através de medicamentos e psicoterapias, que são as terapias consideradas auxiliares ao tratamento médico, com hipnose clínica e regressão de memória.

O TOC costuma aparecer com que idade?

Há relatos de crianças com obsessões e compulsões graves a partir dos três anos de idade, mas nem sempre começa na infância. Um dado importante, principalmente para que os pais estejam atentos, é que trabalhos com grandes populações revelam que 80% dos casos de transtorno obsessivo-compulsivo diagnosticados em adultos se manifestam antes dos 18 anos e 50%, antes dos 15 anos.

A frequência do TOC na população está entre 2% e 4%. Isso quer dizer que, numa escola com mil alunos, 20 vão apresentar algum grau de obsessão e compulsão.

Na verdade, é muito difícil saber quando a mania, como popularmente se diz, ou os rituais compulsivos caracterizam uma doença. O certo é que, quanto mais são realizados os rituais, maior a possibilidade de aumentar a frequência e a intensidade dos pensamentos obsessivos. Dessa forma, o problema vai tomando conta da vida da pessoa, sejam elas crianças ou adultos, e assim as deixam mais próximas da doença.

Como o TOC pode ser tratado?

O TOC é tratado com terapia, psicoeducação e/ou medicação. A terapia de regressão de memória é muito eficaz e tem obtido resultados maravilhosos. Ela ajuda os pacientes a entenderem que existe uma conexão entre seus pensamentos, humores e ações, através de recordações e análises de situações vividas.

Ressignificando essas situações, eles têm a oportunidade de mudarem seus pensamentos para serem menos ansiosos e mais realistas, e assim seus humores e ações também melhoram.

Esses pacientes, quando expostos a algo que os tornam ansiosos, são encorajados mentalmente a resistir ao impulso de fazer o ritual (como lavar as mãos repetidas vezes). Ao resistir aos impulsos, eles vão perdendo gradativamente o hábito físico, se acostumam com os novos sentimentos e param de fazer projeções negativas que geram a ansiedade. Então a necessidade de fazer o ritual lentamente melhora.

A terapia de regressão de memória pode ser utilizada em qualquer idade com segurança e o resultado é bastante eficaz. As crianças e adolescentes correspondem muito bem a essa forma moderna e lúdica de terapia.

Quando procurar ajuda

Embora a maioria dos adultos com TOC reconheça que o que eles estão fazendo não faz sentido, alguns adultos e a maioria das crianças não percebem que seu comportamento está fora do comum.Os pais geralmente são os primeiros a reconhecer que seu filho tem um problema com emoções ou comportamento.

Ainda assim, a decisão de procurar ajuda profissional pode ser difícil e dolorosa para os pais. O primeiro passo é gentilmente tentar conversar com a criança, uma conversa honesta e aberta sobre sentimentos podem ajudar. Os pais podem optar por consultar os médicos da criança ou outros profissionais da área de saúde.

Alguns dos principais sinais e sintomas do TOC

    • Não tocar em certos objetos sem lavar as mãos depois, ou evitar locais devido à preocupações com sujeiras ou doenças;
    • Estar constantemente preocupado com a limpeza, e incomodado pela presença de sujeira, germes ou contaminação;
    • Lavar as mãos ou tomar banho muitas vezes durante o dia;
    • Revisar constantemente as janelas, portas ou o gás;
    • Preocupar-se excessivamente com o alinhamento, ordem ou simetria das coisas;
    • Utilizar somente roupas, acessórios ou objetos de uma determinada cor ou com um determinado padrão;
    • Ser excessivamente supersticioso, como não ir em determinados lugares ou passar perto de objetos, por receio que algo mau aconteça;
    • Ter frequentemente a mente invadida por pensamentos impróprios ou desagradáveis, como doenças, acidentes ou perda de pessoas queridas;
  • Guardar objetos sem utilidade, como caixas vazias, embalagens de shampoo ou jornais e papéis.

O tratamento do TOC é capaz de controlar de forma eficaz os sintomas na maioria dos casos, através de acompanhamento psiquiátrico e psicológico, em alguns casos, com uso de remédios antidepressivos e terapia.

Se você acha que tem TOC, considere falar com seu médico sobre seus sintomas. Se não tratado, o TOC pode interferir em todos os aspectos da vida. E se quiser conversar sobre o assunto, fique a vontade para entrar em contato. Terei o maior prazer em ajudá-lo.