A intolerância ao glúten está em toda parte, mas porque de repente, tantas pessoas apareceram com esse mal? Porque esses sintomas ficaram tão evidentes em nossa sociedade?
Na prática, o que acontece é que a forma como vivemos, construímos nossos pensamentos e lidamos com os nosso sentimentos no dia a dia, nos fazem reféns de nós mesmos, provocando doenças como a intolerância ao glúten, que interferem diretamente em nossa qualidade de vida.
Como a maioria das doenças tem como fonte raiz questões emocionais, essa intolerância segue o mesmo caminho. Uma das questões levantadas durante avaliações terapêuticas com pacientes que tem dificuldade em digerir bem o glúten é a forma como eles interagem consigo mesmo e com o meio em que vivem.
Muitas vezes essa forma de interação foi construída em situações vividas no passado e que influenciam os seus sentimentos, pensamentos e comportamentos no presente.
Nesse artigo vou falar sobre como podemos desenvolver a intolerância ao glúten e de que forma, através da terapia da hipnose ou da regressão clínica, podemos controlar os sintomas e estabilizar as questões emocionais que envolvem esse mal.
O que é a intolerância ao glúten
O primeiro passo é entendermos do que estamos falando.
A intolerância ao glúten é causada pela dificuldade que alguns organismos têm em processar e digerir essa proteína presente no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados. Sendo assim, o glúten é encontrado em alimentos e bebidas presentes em nosso dia-a-dia como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, alguns doces, etc.
Essa intolerância dificulta a absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água pelo organismo, provocando sintomas intestinais como excesso de gases, dor no estômago, diarreia ou prisão de ventre, dor e inchaço abdominal, além de irritar as paredes do intestino delgado, provocando uma inflamação.
Vale ressaltar que a intolerância ao glúten é diferente da doença celíaca que é um distúrbio inflamatório crônico do intestino delgado, é uma resposta autoimune ao glúten quando este entra em contato com o intestino. Enquanto que, a intolerância ao glúten é decorrente da má digestão do glúten, causando alterações gastrointestinal.
Além do glúten ter um efeito negativo sobre o sistema digestivo de quem possui essa intolerância, ele também atua negativamente em outras regiões do corpo como o cérebro, as articulações e a pele. O resultado disso tudo é que o glúten ainda pode provocar outros problemas médicos, incluindo anemia ferropriva, osteopenia ou osteoporose e infertilidades.
Consequências emocionais da intolerância ao glúten.
A maioria das pessoas pode não perceber que essa doença tem como fonte aspectos emocionais, que revelam como elas interagem e o que aproveitam das situações vividas.
Como você se relaciona com as situações vividas no seu dia a dia? O que você compreende, guarda e deleta?
A intolerância ao glúten também pode se manifestar através de problemas psicológicos, o que influencia a saúde mental. Isso significa que a doença pode afetar o pensamento de uma pessoa (cognição), as emoções (afeto) e o comportamento.
Os pacientes podem apresentar problemas relacionados ao seu afeto, ou emoções, transtornos depressivos e de ansiedade. Além disso, os sentimentos de raiva, impaciência e mau humor também podem ocorrer, provocando sérios transtornos para o seu convívio social.
Iniciar e aderir a uma dieta livre de glúten é uma mudança de vida que requer grandes ajustes emocionais e físicos. Mudar o cardápio vai além de fazer novas escolhas, mexe com todo um contexto de vida e cultura.
Como a hipnose e a regressão de memória podem te ajudar
Acreditando que quase todas as doenças que temos são criadas por nós e somos responsáveis por tudo de bom e de ruim que acontece no nosso organismo. A terapia através da hipnose e da regressão clinica se mostra muito eficiente, podendo ressignificar ou substituir critérios de interação físicas e emocionais estabelecidos pelo universo racional (mente e suas crenças).
“Todas as doenças tem origem num estado de não-perdão, não digestão, não elaboração, não aceitação. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar, aceitar, elaborar e dissolve o ressentimento, faz com que o organismo elimine o que não lhe serve mais (desapego)”. diz a psicóloga americana Louise Hay.
No universo terapêutico os sintomas ligados à inflamações e ou alergias, podem representar que o paciente está tentando evitar conflitos e não se posicionando frente às mudanças e acontecimentos. Ou então ele pode estar com raiva, ressentimento contido, não aceitando como aprendizado algumas situações vividas.
Em todas as formas, os sentimentos se materializam no organismo e com isto as reações físicas são apenas uma consequência.
Com a hipnose e ou a regressão clínica podemos ajustar sintomas psicoemocionais, ajudar nos sintomas físicos causados pela doença e trabalhar na readaptação social do paciente.
Conclusão
Concluo esse artigo pedindo que reflitam sobre algumas questões trazidas pela Psicóloga e Coach Funcional, Tania R. Sanches, e que se encaixam perfeitamente como respostas para o desenvolvimentos de vários males. Reflitam sobre cada pergunta lembrando da época em que os sintomas relacionados a essa doença ou a outras surgiram:
- Qual o conflito existente em minha vida que até agora não quero saber de resolver?
- Que conflito tento fingir que não existe para não ter que me posicionar?
- Por que não suporto tomar consciência da minha situação pessoal, profissional, espiritual, financeira e emocional, e a transfiro para a manifestação corporal?
- Quais âmbitos da vida me inspiram tanto medo que procuro evitá-los?
- Até que ponto uso minha alergia para manipular o meio ambiente?
- Como encaro o amor, qual é a minha capacidade de amar?
- Como está a minha agressividade para comigo e para com os outros?
- Estou me perdoando por decisões não tomadas ou situações vividas?
- Como eu estou me sentindo agora refletindo sobre tudo isso?
O apoio terapêutico através da hipnose e da regressão de memória pode ajudar a encontrar as respostas para todas essas questões, melhorando a sua saúde e qualidade de vida em geral. Mas o primeiro passo tem que ser seu. Lembre que a raiz do problema está na condição interna da pessoa (mente, sentimentos, emoções, pensamentos).