O uso das redes sociais, especialmente o Instagram, é apontado como um grande vilão da nossa saúde mental na atualidade. Apesar de ser o nosso companheiro das horas vagas (tudo bem, às vezes nem tão vagas assim) é fácil perceber que nem sempre provoca em nós os melhores sentimentos.

Mas será que baixa auto-estima e solidão e até ansiedade e depressão podem ser provocados ou estimulados através das redes sociais? Existem estratégias para evitar esses efeitos negativos?

Nesse artigo vou trazer um novo olhar sobre as redes sociais, explicando porque as utilizamos de forma indevida, como setores da sociedade podem contribuir com a sustentabilidade emocional dos usuários das redes sociais e como podemos utilizar essas plataformas de forma favorável.

Ah! Vou te apresentar também um exercício para ajudar a tornar as redes sociais mais benéficas para você. 

O impacto da tecnologia nos relacionamentos humanos

Na atualidade, a tecnologia vem tomando conta de todas as áreas e possibilitando um avanço grande na comunicação, desenvolvimento e interação entre diversos produtos e áreas de serviços. Acontece que ela também provocou um grande avanço na comunicação entre pessoas e no acesso de informação e conhecimento.  

Vários dispositivos foram criados para que as pessoas pudessem interagir e se relacionar de diversas formas, no entanto esse cenário também colocou em evidência uma necessidade social até então camuflada: a falta de desenvolvimento emocional para lidar com sentimentos como inveja, julgamento e inferioridade, entre outros.

As redes sociais são o vilão?

Hoje as redes sociais são colocadas como o vilão da história mas não é bem assim. Mesmo que as redes deixem de existir no formato que hoje se apresentam, o problema continuaria. Porque a questão está na falta de habilidade das pessoas em lidar primeiro consigo próprio, e depois com o outro. 

Questões como solidão, ansiedade, tristeza ou inércia diante da vida, não vão deixar de existir se pararmos de utilizar as redes sociais. O principal é entendermos como podemos utilizar essas plataformas de forma favorável para nossa diversão, informação e desenvolvimento. 

Porque utilizamos as redes sociais de forma indevida

A utilização indevida das redes sociais está relacionada aos valores e ordem de importância que damos às coisas. Retrata também a nossa falta de habilidade em lidar com situações adversas e a dificuldade em nos relacionar com pessoas.

Além disso, o medo de ser julgado é um fator que se apresenta nas redes como sendo uma questão que desencadeia a ansiedade e as postagens fantasiosas e exageradas (fakes) sobre felicidade, poder, riqueza e conquistas. 

Se você não sabe o valor que tem, qualquer coisa que digam sobre você ressoa como uma possível verdade.

Como é construída a sua autoestima

O entendimento de quem somos deve começar na formação familiar, onde somos acolhidos e estimulados a desenvolver nossas habilidades. Assim entendemos os valores de tudo, quais os princípios da vida e principalmente compreendemos quem somos. Dessa forma é construída a nossa autoestima.

A construção da autoestima de forma equilibrada é um fator determinante para que possamos interagir harmoniosamente com tudo, inclusive nas redes sociais. Só que o contexto social em que vivemos não é favorável ao desenvolvimento emocional.

O avanço tecnológico nos permitiu de forma muito rápida o acesso à informação e a interação com o meio. No entanto, o desenvolvimento emocional das pessoas que utilizam e vivenciam toda essa maravilha foi negligenciado.

Como as redes sociais interferem na família?

Desde muito cedo as crianças estão sendo bombardeadas com estímulos e informações e interagem com as redes sociais na maioria das vezes sem filtro. Não temos como conter esse avanço da tecnologia, mas podemos utilizá-lo de uma forma favorável e com um certo controle nesse novo contexto social. 

Segundo a psicóloga Andréa Lordello, terapeuta de casal e família, as redes sociais podem ajudar no relacionamento entre pais e filhos quando proporciona um melhor interação ou conexão entre eles. Os pais também poderiam utilizar as redes sociais como fonte de pesquisa para entender o que seus filhos gostam ou acreditam. Assim pensariam em como ajudá-los de forma mais efetiva nas suas questões.

Existem hoje várias formas de filtros que visam administrar o conteúdo que é passado nessas redes permitindo que os pais tenham um certo controle pelo que é visto pelos filhos. 

O Instagram, por exemplo, disponibilizou no seu portal de bem-estar uma página intitulada de “For Parents (Para pais)”, oferecendo uma grande quantidade de orientações e dicas sobre como os pais podem orientar os seus filhos de forma adequada para a utilização dessa rede social.

Como podemos ajudar a mudar as relações com as redes sociais

A sustentabilidade emocional dos usuários das redes sociais deve ser considerada uma questão de todos porque atinge a todos. Hoje as redes sociais são utilizadas de forma pessoal e comercial e estão completamente inseridas em nosso dia a dia. 

Se cada pessoa ou corporação tiver um comprometimento com suas postagens, não só com a qualidade do conteúdo, mas principalmente com conteúdos que estimulem uma nova visão de mundo e bem-estar já ajudaria a fomentar uma nova consciência. 

Segundo a psicóloga Ludmila Carvalho, especialista em terapia para jovens, é importante a participação de profissionais das áreas de saúde mental nas redes sociais para que tragam para a comunidade conteúdos com uma linguagem acessível e uma formatação atraente. Ajudando as pessoas que ainda não despertaram para a necessidade ou importância de se cuidarem.

Como o Núcleo Erika Lins pode ajudar?

O Núcleo Erika Lins possui profissionais especializados para ajudar pessoas de todas as idades e à família a lidar com o uso indevido das redes sociais. Na realidade, as redes sociais são apenas um gatilho que aciona algo muito mais profundo que precisa ser identificado e tratado. 

Por isso, sintomas negativos associados às redes como insônia, raiva, solidão, ansiedade e depressão escondem causas que precisam ser investigadas. 

Aqui no Núcleo Erika Lins, utilizamos a psicoterapia associada às terapias integrativas (hipnose, regressão de memória, microfisioterapia, constelação e Reiki) para esse fim. Ao priorizar o equilíbrio mental e energético, o resultado psicológico costuma ser mais eficaz.

Não só a área de saúde, mas qualquer setor da sociedade pode trazer esse engajamento ligado ao desenvolvimento emocional com conteúdos mais relevantes podendo trazer também alertas e sinais que irão contribuir para a sustentabilidade emocional dos usuários das redes sociais. 

Exercício para você melhorar a sua relação com as redes sociais

Muitos usuários das redes sociais tendem a seguir pessoas que mostram ostentação, padrão de beleza inalcançável e uma falsa ideia de felicidade. Esses perfis despertam os sentimentos de inveja, ciúme ou pirraça e muitas vezes os usuários nem se dão conta disso. 

Ao ver diariamente as imagens postadas nesses perfis os usuários que vivem uma realidade muito diferente tendem a entrar em contato com esses sentimentos que geram muito sofrimento. 

Um bom exercício para você testar como está a sua relação com as redes sociais é perceber o que você sente ao ver as postagens de quem você segue. 

Se você identificar que está sentindo inveja, ciúme ou que foi reativa a algum comentário, ou que postou algo em resposta ao que você viu de um ex-namorado, por exemplo, deixe de seguir imediatamente essas pessoas. 

E depois da “Limpeza”?

É possível que ao fazer essa “limpeza” você se desinteresse momentaneamente das redes sociais. É o processo de desintoxicação que está acontecendo. 

Passado alguns dias volte a utilizar as redes e comece a seguir pessoas que te inspiram, que fazem coisas que te dão prazer, que promovem reflexão ou simplesmente te fazem rir. 

É bem provável que depois dessa varredura sua relação com as redes sociais passe a ser prazerosa e objetiva. Os perfis saudáveis tendem a incentivar novas ações, pois favorecem a sustentabilidade emocional.  

Vamos melhorar a nossa relação com as redes sociais.

Podemos modificar a forma como nos comportamos diante das redes, execute o exercício acima e perceba como você pode encontrar motivação e meios para se relacionar que te tragam acolhimento. 

Mas, se você já interage com as redes sociais e percebe sintomas como ansiedade, raiva, inércia ou incapacidade de realizar os seu afazeres, insônia, palpitação e tristeza durante a utilização e não se sentir fortalecido para iniciar esse processo de mudança, procure ajuda de profissionais a encontrar um caminho e melhorar desses sintomas.

As redes sociais nos possibilitam encontros e reencontros maravilhosos e são um lugar onde as pessoas podem se expressar através de conteúdos que elas acreditam. As redes devem encorajar as pessoas a serem elas mesmas sem medo do julgamento do outro.

Não perca tempo, comece a reformular a sua relação com as redes sociais e veja os benefícios que elas podem te proporcionar.

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